Companheiro de Lula se manifesta sobre pagar 13º no Bolsa Família este ano

Jaques Wagner, líder do governo no Senado, afirmou nesta terça-feira (15) que não há espaço no orçamento para a implementação de um 13º salário para beneficiários do Bolsa Família. Ele destacou que a proposta exigiria uma compensação financeira de R$ 14 bilhões, o que, segundo ele, não é viável no momento. A declaração foi feita durante uma entrevista a jornalistas, na qual Wagner questionou: “Onde encaixa R$ 14 bilhões? Não dá para fazer uma escalada desse tipo, a menos que alguém me apresente uma compensação.”

O projeto, que visa a criação do 13º, foi apresentado por Jader Barbalho (MDB-PA) em 2020. A proposta estava na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, mas foi retirada após articulações de aliados do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O benefício, se aprovado, seria concedido em dezembro como um “abono natalino”, semelhante ao que foi feito em 2019.

Além disso, Wagner falou sobre a expectativa do governo de que a reforma tributária, que visa a unificação de impostos, seja aprovada até o final de 2024. O projeto já passou pela Câmara e está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, devendo retornar para nova análise.

O líder do governo também comentou sobre as contribuições fiscais, afirmando que o aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) foi descartado, enquanto a discussão sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP) ainda continua. Ele destacou que medidas para corte de gastos estão sendo preparadas pela equipe econômica.

Por fim, Wagner deverá se submeter a uma cirurgia no pé neste fim de semana, o que o afastará do Senado por cerca de 21 dias. Durante sua ausência, um articulador interino será designado, com o nome a ser discutido com Lula.

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